sábado, 28 de agosto de 2010

Cesar no Passado













Padeiras, Assadeiras de Castanhas, Largo da Gandara, Feira do Gado, Mercado da Louça, Barbeiro.

sábado, 21 de agosto de 2010

Casa dos Claudinos


Nesta foto está a Mimi e a minha Madrinha Palmira











Lembro-me das minhas férias de infância passadas na CASA GRANDE da Rua de Cimo de Vila, em Cesar, quando eu ia para a "FÁBRICA DOS CLAUDINOS" que tinha sido do meu Avô CLAUDINO e agora era dos meus tios, e que ficava no ré-do-chão da casa.
Como eu gostava de ir ver trabalhar o meu Tio Abilio, com a sua mão certinha, pintar os gasómetros, regadores, jarros, etc, tudo de zinco, tudo tão delicadamente enfeitado por ele!
Eu apreciava estar bem no meio dos trabalhadores e dos meus tios Américo e António e ver como eles faziam essas peças e tambem as banheiras, dentro das quais me metia muitas vezes nas minhas brincadeiras.
Foi nessa casa que tive o sarampo, que conheci pela primeira vez uma Árvore de Natal com luzinhas verdadeiras de piscar, em forma de lanterninhas, que vi cinema pela primeira vez, que conheci as lindissimas histórias (verdadeiras e inventadas) que a minha avó Rosa contava, e que ainda hoje lembro com saudade.
Uma dessas histórias refere-se ao meu Tio Abilio: ele era muito "namoradeiro" e saía todas as noites para se encontrar com as inúmeras namoradas que tinha, mas sem o pai saber, pois nesse tempo havia horas para recolher mesmo para os rapazes. Então ele arranjou maneira de sair sem ninguem saber, ou antes, só a minha avó sabia.
Como havia um alçapao em casa, que dava para a fábrica, ele fazia de conta que ia para a cama e depois descia para o rés-do-chão e saía para os encontros. A minha avó deixava o fecho do alçapão aberto, e quando ele chegava, era só subir as escadinhas, fechar o alçapão e deitar-se.
O pior foi uma vez que ela se esqueceu e deixou um saco em cima do tal alçapão e ele não conseguiu abri-lo e teve de dormir na fábrica. No dia seguinte foi uma risota das grandes quando o pessoal chegou para trabalhar e encontrou o meu tio Abilio a dormir dentro de uma banheira cheio de frio pois estávamos no Inverno e em Cesár é um gelo nessa época.

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ROSA TEIXEIRA
NASCEU EM ARCO DE BAULHE - CABECEIRAS DE BASTO
N. 23 SET 1884 - M.20 FEV 1974
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CLAUDINO TAVARES AZEVEDO
NASCEU EM CESAR -OLIVEIRA DE AZEMEIS
N. 8 JAN 1882 - M.15 FEV 1947



Eu na Casa dos Claudinos e com a minha Madrinha Palmira










segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Casa do Outeiro







Frei Simão de Vasconcelos, nasceu na Casa do Outeiro, em 28 de Dezembro de 1788, vésperas da Revolução Francesa. Vários autores lhe dedicaram trabalhos: Alberto Pimentel "A Guerrilha de Frei Simão", Samuel Bastos Oliveira "O Processo de Frei Simão de Vasconcelos e da sua Guerrilha", Afonso Veiga "Absolutistas e Liberais: Frei Simão de Vasconcelos, a trágica intervenção da guerrilha em Arouca", entre outros. Frei Simão, morreu fuzilado pelas tropas miguelistas, em Viseu, no dia 17 de Outubro de 1832.

sábado, 14 de agosto de 2010

Casa Azul










Edifício sóbrio do início do Século XX (1909), a casa desenvolve-se em dois amplos pisos, ricamente decorados. Foi mandada construir por Leonardo José da Silva para aí morar com a sua esposa Dª Maria José Azevedo Portal, mantendo-se na família até meados dos anos 80 do século XX quando os beneméritos descendentes cederam o prédio e a sua quinta à Fundação Le Patriarche.
O edifício foi o primeiro centro de reabilitação de toxicodependentes que a instituição teve em Portugal tornando-se muito conhecida internacionalmente e desempenhando um importante papel social a nível local.
Actualmente serve como Centro de Acolhimento Temporário para casos de carência (até 1 ano) ou emergência social (até 3 meses), destinado a crianças, jovens e adultos de ambos os sexos, que tenham sido vítimas de maus tratos, desalojamento, entre outros.
Presta serviços de alojamento, alimentação, lavandaria, acompanhamento social e psicológico, integração e apoio nas áreas da saúde, educação e laboral.
A casa possui diversas estruturas agrícolas anexas como eira e canastro tendo sido construída sobre as ruínas da primeira Igreja da freguesia.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Tio Abilio




Cesar

Cesar situa-se no extremo norte do Município de Oliveira de Azemeis e é uma povoação muito antiga. Assim o atestam documentos anteriores à Nacionalidade, mais concretamente de 1035, nos quais era designada por "Villa Cesari". Nesta data, terá acontecido aqui uma sangrenta batalha, opondo as hostes cristãs do rei de Leão e os mouros.

Nesta região viveu o homem em épocas muito remotas. Do período eneolítico, o homem deixou aqui pelo menos três dolmenes e, no período da cultura castreja, provavelmente povos pré-celtas ou celtas, construíram aqui muralhas, de que é testemunho o Castro Calbo, cuja existência é referida em documentos desde o século XI.

As Inquirições de D. Afonso III falam-nos também da freguesia de Cesar. Desses tempos medievais é a “honra de Cesar e Gaiate”, a qual continuou nos seus sucessores até Sebastião Lopes Godinho, que se intitulava, em documentos públicos “Senhor da honra de Cesar e Gaiate”. Mais tarde, já no tempo de Sebastião de Carvalho e Melo, avô do Marquês de Pombal, a Quinta de Cesar e todos os vínculos foram vendidos aos senhores do Côvo.

Cesar pertenceu à comarca de Esgueira e da Vila da Feira, passando mais tarde para Oliveira de Azeméis, tendo sido elevada a vila em 13 de Julho de 1990.

Foi aqui, mais propriamente na Quinta do Outeiro, que nasceu, em 1788, o combatente liberal frei Simão de Vasconcelos, frade monástico do Mosteiro de Alcobaça, que participou activamente nas lutas contra os absolutistas, acabando por ser capturado e fuzilado em Viseu, em 1832.

No lugar de Vilarinho nasceu o Dr. José Francisco da Silva Lima, um vulto importante da Medicina, na última metade do século XIX. O seu nome é conhecido em todas as associações científicas do mundo e a sua memória venerada como a de um santo na cidade brasileira da Baía, onde teve uma carreira notável.

Esta é também a terra-natal de Pero Lopes, herói e companheiro do rei D. Sebastião na Batalha de Alcácer Quibir, pois aqui viveu e morreu seu pai Sebastião Lopes Godinho, no século XVI, senhor da honra de Cesar e da torre senhorial, então aqui existente.

No século XIX, foram muitos os homens de Cesar que emigraram para o Brasil. Já em 1851, um cesarense enviou do Pará uma oferta para a igreja e, em 1898, eram mais de cinquenta os cesarenses radicados no Brasil, sobretudo no Pará, onde até tinham fábricas. Os frutos dessa emigração são ainda hoje visíveis nos casarões com as suas quintas e jardins que se podem ver espalhados pela freguesia: são as chamadas "Casas de Brasileiro".

Actualmente, Cesar é um centro industrial por excelência, predominando a indústria do alumínio, moldes e calçado.

Merecem uma visita atenta os três dolmenes e os restos de cerâmicas com características neolíticas; o núcleo urbano do Largo da Igreja; as Quintas do Outeiro, da Herdade e do Sr. Amorim; os núcleos rurais de Vilarinho e dos Arcos.

A actual igreja de Cesar, com duas torres e uma nave, foi construída no início do século XIX, à custa de um subsídio retirado do imposto do “real da água” da comarca da Feira, havendo inclusive um alvará régio concedido para esse efeito. Quando este templo foi construído, a antiga igreja que se encontrava aproximadamente em frente à porta principal da actual, foi demolida. Este era um templo de pequenas dimensões, construído no século XVII. A primitiva igreja deveria ser das mais antigas da região e situava-se num lugar conhecido por “Lavouras de Baixo”.

A freguesia de Cesar é muito visitada nas suas Festas Grandes em honra de S. Pedro, do Mártir S. Sebastião e de Nossa Senhora da Graça, que se realizam no primeiro Domingo de Julho. Estas festas, desde há muitos anos, atraem milhares de forasteiros a Cesar, devido ao prestígio alcançado pela vistosa procissão religiosa, pelos despiques entre bandas de música e, mais recentemente, pela presença de conhecidos artistas populares.

Cesar é uma pequena e pitoresca freguesia que oferece a todos os que a visitam paisagens deslumbrantes, consideradas das mais belas do Município de Oliveira de Azemeis.
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A Vila de Cesar:
Cesar é uma povoação antiquíssima conforme atestam documentos anteriores à formação da Nacionalidade Portuguesa, mais concretamente de 1035 nos quais era designada por Villa Cesari.

A freguesia de Cesar tem uma área de 6km2, é constituída por 4.200 habitantes e 3000 cidadãos eleitores.

As actividades laborais mais significativas são o comércio e a indústria, destacando-se nesta última unidades fabris de louças metálicas, plásticos, calçado, moldes, artigos de campismo e serração de madeira. Comercialmente Cesar acompanha a elevação dos tempos, dando resposta às mais variadas necessidades do consumidor.

Anualmente realizam-se duas festas, num misto religioso-profano: a festa de Santa Apolónia em Vilarinho, normalmente na segunda metade do mês de Maio, e as tradicionais "Festas Grandes de Cesar", no primeiro Domingo de Julho, em honra de São Pedro, São Sebastião e Nossa Senhora da Graça. Anualmente, e desde há muitos anos estas festas, atraem milhares de forasteiros graças ao prestigio alcançado pela vistosa procissão religiosa, pelas bandas de música em animados despiques e mais recentemente pela presença de consagrados artistas populares.
O artesanato com mais significado nesta freguesia, e que se encontra actualmente quase extinto, é o da latoaria.

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

Confronta com as freguesias de:
- Macieira de Sarnes
- Milheiros de Poiares
- Romariz
- Fajões
- Carregosa
- Nogueira do Cravo

Situa-se a 30 Km do Porto, a 40 Km de Aveiro e a 12 Km da cidade e sede do concelho de Oliveira de Azeméis.